IMAGENS DA ÚLTIMA DESLOCAÇÃO

ATÉ AO ÚLTIMO SEGUNDO

O jogo dos 1/8 de final da taça de Portugal que opôs a equipa da CP Martim e a UR Cadima terminou de uma forma que nem todos corações estão preparados. A equipa de Cadima a fazer um campeonato muito aquém das espectativas e que já tinha perdido na deslocação a Martim por uns expressivos 4-1 tinha neste jogo uma tarefa bem complicada mas também a motivação de uma prova diferente e a eliminar.

Com muito público nas bancadas do bonito parque desportivo de Martim as equipas entraram em campo dispostas a vencer a partida desde o primeiro minuto. Com características de jogo bem diferentes, as visitadas mais de posse de bola e circulação da mesma e as visitantes com futebol mais directo aproveitando a velocidade do seu trio de ataque proporcionaram um jogo emotivo de grande intensidade e de resultado imprevisível até ao último segundo. Entrou melhor a equipa da casa que apoiada no seu futebol de passe curto tentava inaugurar o marcador mas encontrou uma equipa visitada bem organizada e subida no terreno que recuperava muitas bolas e tentava rapidamente chegar à baliza de Liliana. Os primeiros 20 minutos foram de equilíbrio e sem grandes situações de perigo junto a ambas balizas, contudo, a equipa da casa tinha mais posse de bola resultante da forma característica de jogar das suas atletas. Aos 25’ uma boa jogada de ataque visitante efectuada pela esquerda do seu ataque proporciona a Diana um bom remate que sai perto da baliza local. O Martim tinha mais bola mas era o Cadima que criava mais perigo. A meia hora chega “rapidamente” visto à dinâmica colocada em jogo pelas equipas cada uma a tentar explorar o melhor possível as suas virtudes e os défices dos adversários mas com as defensivas sempre superiores aos ataques. Aos 33’ Tita após um lançamento lateral foge bem à marcação e ainda fora da área atira colocado fazendo a bola embater no poste esquerdo de Liliana que nada podia fazer valeu a pontaria da atleta forasteira. Volvidos dois minutos e em jeito de resposta a equipa da casa teve uma boa oportunidade de golo no interior da área visitante ganhando vários ressaltos mas no último momento Teresa foi lesta e resolveu o perigo. O intervalo chegou com o resultado justo, uma oportunidade para cada lado.

O segundo tempo iniciou como o primeiro com a equipa da casa a trocar bem a bola e o Cadima a tentar jogar rápido pelos flancos, o jogo esse era disputado muito na zona do meio campo com as guarda-redes sem muito trabalho. Num jogo em que os ataques não eram superiores e não criavam muitos lances de perigo adivinhava-se que quem marcasse teria o caminho aberto para a eliminatória seguinte. Aos 70’ Anita isola-se mas no último momento deixa escapar a bola aproveitando a guarda-redes local para sair destemida e colocar um ponto final na jogada. Aos 73’ a mesma Anita não quis correr o mesmo risco e com um grande pontapé inaugurou o marcador, um golo de belo efeito para alegria das visitantes. O Martim fortemente apoiado pelo seu público foi à procura do empate, trocava muito bem a bola mas sempre longe da área defensiva forasteira quando chegava perto a pressão do Cadima era muito forte e quase sempre bem-sucedida. O Martim não conseguia, aproveitava o Cadima para em contra-ataque tentar “matar” o jogo, Anita aos 82’ teve no seu pé esquerdo o golo da tranquilidade mas uma nova grande defesa de Rute não deixava o jogo “terminar”. O tempo regulamentar chegava ao fim ficava a faltar os 4 minutos de desconto, minutos em que o Martim com grande determinação atacou a baliza de Teresa mas o último passe mal efectuado ou a defensiva local iam evitando o empate. Acreditavam as da casa na possibilidade de levar o jogo para prolongamento, defendiam igualmente com grande concentração as visitantes que não queriam tempo extra, os 4 minutos passaram e já para além da hora surge o caso da partida, Tita dentro da área chega primeiro que atleta da casa efectuando um corte que nos pareceu limpo, após o corte atleta da casa aparece caída no chão, quem não teve dúvidas foi a juiz da partida que de imediato apontou a marca de grande penalidade e expulsou Tita com o segundo amarelo, quanto a nós dois erros grosseiros na mesma jogada, é apenas a nossa apreciação do lance naturalmente. Quem não se importou foi o público local que acreditava agora mais que nunca no golo da sua equipa, os gritos da bancada eram bem intensos e ruidosos, a jovem atleta da casa chamada à marcação escolheu bem o lado atirando devagar no sentido inverso ao de Teresa mas acertando caprichosamente no poste direito, Antónia foi mais rápida que a concorrência atirou para longe e terminava a partida, os momentos em que a bola percorreu a distância entre a marca da penalidade e do poste foram dramáticos para ambas equipas e também para público que naturalmente teve reacções bem diferentes após o apito final. Alguém tinha de abandonar a taça a “fava” calhou à equipa da casa, num jogo que não podia terminar empatado acabou por vencer a equipa que efectivamente criou mais oportunidades evidentes de golo principalmente na segunda parte justificando assim a vitória, a equipa forasteira correu muito e teve grande capacidade de luta e entreajuda durante toda a partida, a equipa da casa com mais posse de bola , trocando a mesma muito bem e lutando com grande determinação até final foi um digníssimo vencido valorizando muito a vitória forasteira.

Arbitragem com demasiados erros