segunda-feira, 11 de junho de 2012

NACIONAL 1ª DIVISÃO - FASE DESPROMOÇÃO





DE CABEÇA ERGUIDA
O nacional da primeira divisão, fase de manutenção , parte para a última jornada já com as contas feitas quanto às descidas, URC e CPM são os clubes já despromovidos, pertencer a uma aldeia ainda que ambas freguesia, ter poucos recursos materiais e humanos pode ter tido a sua quota de influência no desfecho final, mas a vida continua e o Martim é um exemplo de como se pode cair e logo se levantar. Num campeonato bem difícil e exigente desceram as duas equipas menos regulares que apresentaram mais carências, é hora de reconhecer o mérito de quem fica, de quem conquistou o titulo a taça e tudo fazer para que em breve nos possamos voltar a juntar.

O Martim precisava de vencer para manter ainda viva a possibilidade de manutenção , a jogar perante o seu público entrou bem determinada no jogo onde encontrou uma equipa já despromovida mas com grande respeito pelo campeonato e com grande dignidade que subiu ao relvado também para vencer independentemente da classificação final. Dois tipos de jogo bem diferentes, que colocados em campo com paixão prometiam um bom espectáculo o que se veio a confirmar, com bonitas jogadas , bonitas defesas , muita entrega e muito movimentado. Os primeiros 15 minutos foram de equilíbrio com mais posse de bola da equipa da casa, as suas atletas com muitas movimentações circulavam bem a bola por seu turno a equipa forasteira talvez mais experiente sabia esperar o momento certo para recuperar a bola e iniciar o ataque rápido quer pela esquerda com Cris quer na direita com Martinho. Teresa e a jovem Rosa eram duas guarda-redes até então sem trabalho, Antónia, Sandra e Daniela, não davam espaços e quando aconteciam Raquel auxiliava com qualidade, só de bola parada as equipas conseguiam entrar nas defensivas mas sempre com estas superiores aos ataques. Aos 23 minutos o primeiro remate com perigo a uma das balizas, após canto ensaiado atacante do Martim rematou forte bem junto à barra da baliza defendida por Teresa, o Cadima assusta-se e reage mas só 10 minutos volvidos tem o seu primeiro remate perigoso também na sequência de uma bola parada com Cris a rematar ligeiramente acima da barra de Rosa ficavam os avisos. Aos 34 minutos a uns bons 30 metros Tita que já tinha tentado uma primeira vez sem sucesso, marca um livre exemplar e coloca a bola no fundo da baliza inaugurando o marcador no novo relvado do Gondizalves. O golo abalou em demasia a equipa da casa que por momentos baixou os braços e perdeu a concentração, a boa posse de bola e circulação da mesma passou a nervosismo e a perdas constantes da mesma, naturalmente também pela maior e mais eficaz pressão forasteira, aos 37 Tita novamente de bola parada atira ao poste direito de Rosa que bem se esticou mas nada podia fazer, caprichosamente a bola percorreu a baliza mas não ultrapassou a linha da mesma.O Martim precisava do intervalo aproveitava o Cadima para tentar o segundo com Dina que lutava no meio das centrais visitadas ganha espaço e antes do terminus remata forte para defesa bem segura de Rosa, o intervalo chegava com a vantagem visitante. Para o segundo tempo o Cadima altera o seu desenho táctico com Dina auxiliar agora Sónia e Diana que tiveram que trabalhar bastante na primeira metade onde se mostraram intrasponiveis na zona central do terreno, Tita era agora o elemento mais avançado. A equipa da casa entra novamente a todo o gás com excelente circulação de bola mas pouco objectiva ofensivamente, muito por culpa da bem organizada equipa da URC que ia tapando todos os caminhos para a baliza à guarda de Teresa. Com mais um elemento no meio campo o Cadima começava a ganhar a bola numa zona mais subida do terreno e aproveitando principalmente as alas “ameaçava” de novo Rosa, Tita e Diana tentaram o golo sem direcção. Aos 65 minutos após lançamento lateral, Antónia vai até à linha de fundo e cruza para o interior da área onde Tita chega primeiro que as suas oponentes e bisa na partida aumentando assim a vantagem forasteira. Como é seu timbre a equipa da casa não desarma e vai à procura de alterar o resultado quase sempre por Madalena, que na esquerda deu muito trabalho a Antónia, aos 70 minutos consegue mesmo fugir valeu ao Cadima a saída de Teresa atempadamente o que dificultou o remate à dianteira local com a bola a sair ligeiramente ao lado da baliza. Se aos 70 minutos a bola passou perto aos 75 Madalena com um remate cruzado acerta em cheio no poste direito para desespero dos locais. O Cadima não baixa e mantendo sempre a concentração volta ao ataque, Joana acabada de entrar recebe um passe de Diana, percorre muito espaço pela direita e consegue um cruzamento perfeito, Tita volta a chegar primeiro e quando todas se preparavam para festejar o terceiro , Rosa com uma defesa fantástica, plena de oportunidade e coragem negou o terceiro golo à dianteira forasteira. Ainda antes do final Diana tem um remate perigoso de cabeça e no último momento Teresa faz a defesa da tarde opondo-se com grande qualidade a um não menos espectacular remate caseiro. Final da partida com uma vitória da equipa forsteira que pelas oportunidades criadas e pela concentração a justifica , um jogo em que a equipa da casa merecia também marcar pelo futebol praticado. Faltam apenas dois treinos e um jogo para o final da longa e desgastante temporada, no próximo domingo a URC recebe no complexo desportivo de Cantanhede o Leixões SC num jogo que em nada altera a classificação mas que as duas equipas vão querer certamente vencer. Arbitragem sem influência e de bom nível.







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