domingo, 3 de junho de 2012

NACIONAL 1ª DIVISÃO - FASE DESPROMOÇÃO

PESADELO
Antes de iniciar o texto deve-se dizer que o EFF Setúbal venceu com todo o mérito , os números podem-se discutir a vitória não, bem merecida, parabéns, principalmente a condição física e o enorme espírito de equipa apresentados em campo foram dois trunfos do sucesso, evidentemente aliados à qualidade das atletas.

     As vitórias trazem tranquilidade, sorrisos e tem o condão de esconder todos problemas e desequilíbrios que possam existir, sejam vitórias claras ou daquelas que no final nem se sabe como foi possível vencer, no fundo o que conta mesmo é no final os três pontos que fazem toda a diferença no espírito da equipa. Em poucos meses no Cadima “tudo” aconteceu, lesões, abandonos, desistências, castigos, faltas, etc  etc  ect  ...... Os maus resultados , alguns por vezes injustos não dão tranquilidade, levam os sorrisos, realçam os problemas que por mais insignificantes que sejam se transformam em enormes, trazem incompreensão, falta de atitude e empenho, fadiga psicológica e desconfiança. A falta de formação é outro dos factores que dificultam a sucessão e o crescimento da equipa, o não haver competição distrital afastou várias atletas que por serem poucas vezes opção procuraram outras paragens com prejuízo claro para a URC. Tanta coisa negativa que quase dá para acreditar nos poderes do “além”, mas não devemos ir por ai, devemos é procurar as coisas boas que podemos retirar de um desporto que é praticado apenas por quem gosta muito de o fazer mas tem de ser praticado com amor, paixão, seriedade, honestidade, amizade, sacrifício e sobretudo respeito por todas singularidades que pertencem à colectividade com maior incidência no grupo de trabalho. Não deve servir de desculpa e muito menos desvalorizar as vitórias dos adversários, mas a verdade é que nos últimos três encontros, Leixões, Escola e EF Setúbal, as arbitragens deixaram muito a desejar , certamente não será premeditado , queremos acreditar, mas foram com claro prejuízo para o Cadima, uma gritante dualidade de critérios quer técnicos quer disciplinares.  O jogo do passado domingo teve duas partes distintas, uma primeira com seis golos num jogo de ritmo louco e com ambas equipas a marcar o empate poderia ser justo ao intervalo mas a maior eficácia visitante ditou leis, já a segunda ficou condicionada com a primeira expulsão muito cedo e mais tarde uma segunda, se com 11 a tarefa estava difícil com 10 e 9 tornou-se um pesadelo. A equipa forasteira entrou bem forte na partida, uma equipa bem decidida e a praticar um futebol bem rápido e objectivo, logo aos 3 minutos enviou uma bola a trave de Teresa estavam abertas as hostilidades. Não foi preciso esperar muito tempo, bastaram mais dois minutos e o EFFS abria o activo aproveitando uma falha defensiva local, ainda os seus adeptos festejavam o primeiro já a equipa visitante aumentava a vantagem para duas bolas num rápido contra-ataque, o Cadima adormecido parecia não estar em jogo. Aos poucos a equipa da casa começava a tentar responder e a chegar à baliza adversária e o jogo passava a um maior equilíbrio contudo sempre que podia a equipa do EFFS utilizava a velocidade pelas alas para colocar a defensiva local à prova. Aos 31minutos e na sequência de um canto a bola foi de ressalto em ressalto até que foi parar às mãos da guardiã forasteira depois de ter sido “salva” sobre a linha de golo por uma colega da defesa. Não entrou aos 31’ entrou aos 35’ na sequência de uma penalidade, Tita reduzia a desvantagem. O Cadima parecia acreditar e com apoio do público local foi à procura do empate mas numa das muitas decisões trocadas foi marcado um livre a favor das visitantes que deu em golo, um golo novamente consentido com Teresa a não segurar à primeira mas a ficar desamparada perante a dianteira forasteira que só teve de empurrar para o fundo da baliza. A equipa da casa não baixou e num jogo de para de resposta Cris reduz logo de seguida, estávamos no minuto 41, um livre directo que entrou com ajuda da guardiã visitante que no lance foi infeliz e deixou fugir a bola estava novamente reduzida a desvantagem. O jogo pedia intervalo mas compensação sobre compensação o mesmo prolongou-se e aos 48 minutos num contra-ataque bem desenhado e melhor finalizado a equipa visitante colocava novamente a vantagem em duas bolas, uma desvantagem demasiada para o que se passou no primeiro tempo, a vantagem mínima seria mais justo. O segundo tempo inicia desta feita com mais equilibrou e com Martinho a aparecer bem na área, valeu a grande intervenção da guardiã visitante anegar o golo a jovem atleta local. Esperava-se alguma reacção  positiva local mas o primeiro amarelo mostrado a Daniela de forma medíocre e sem sentido fazia adivinhar o pior que veio logo se seguida com a expulsão da mesma, numa decisão autoritária e de pouco nível. Com dez unidades a equipa da casa tinha a tarefa ainda mais complicada, teve de alterar as “pedras” e ao fazê-lo perdeu ainda mais capacidades de chegar ao ataque aproveitou o EFFS para voltar a pressionar, de um lado uma equipa motivada pelo resultado e pelo campeonato positivo que vem fazendo do outro uma equipa fragilizada pelo momento negativo que atravessa, era de prever que o desfecho dificilmente poderia ser favorável à equipa visitada. Anita que agora jogava a defesa esquerdo viu um primeiro amarelo sem sair do local onde se encontrava, uma atleta visitante foi sobre ela mas estava escrito que só haveria faltas para um lado e na dúvida o sentido já estava definido, mais tarde sim não teve a calma suficiente e fez então sim falta que justificava o cartão, pena já era o segundo quando deveria ser o primeiro, deixava assim o Cadima com 9 unidades. A equipa forasteira marcava então na segunda metade mais3 golos colocando o resultado numa diferença demasiado larga e muito penalizante para a equipa local, que se foi batendo até final com grande dignidade. Venceu a equipa forasteira, equipa que mais fez pela vitória é certo mas também a que melhor conhecia as características do arbitro do jogo, foi contudo a equipa mais eficaz, mais unida, no fundo mais forte em todos aspectos técnicos/tácticos do jogo, os números após a expulsão acabam por ser normais penalizando em demasia as locais. Ao Cadima resta trabalhar até final para tentar conseguir terminar o campeonato com a maior dignidade possível mas tem de estar conscientes que jogar contra equipa bem competitivas, que levam o jogo a sério e nos limites, vai ser muito difícil quando pelo contrário a competição vem sempre depois de “tudo” e muitas ou tantas vezes logo após longas horas de trabalho ou actividades extra que requerem desgaste, é muito complicado e desigual, são situações que se pagam bem caro em competição. Arbitragem mediocre.
Cadima: Teresa, Antónia, Sandra, Sónia, Diana, Tita, Anita, Daniela, Cris, Martinho e Joana.
Treinador: João Barradas
Arbitro: Vanessa Gomes
Auxiliares: João Paiva e Hugo Ribeiro




2 comentários:

Anónimo disse...

E confirmou-se o que muita gente já esperava, a descida de divisão.
Mais de uma década nos nacionais, tanto se lutou para lá chegar e manter esta equipa nos nacionais, e numa época tudo foi por água abaixo!!!
Quando o trabalho está feito é tudo mais fácil, começar do zero é bem mais dificil, mas aí é que damos provas daquilo que somos capazes.
As pessoas não quiseram ver aquilo que estava à frente do seu nariz, deram toda a proteção e aval para que isto acontecesse.
De Vice Campeãs, com medalha de mérito a descida de divisão em tão pouco tempo.
Abriram os olhos tarde demais...

ojma22@gmail.com disse...

Mas o Cadima saiu dos nacionais ???