DISTRITAL DA 1ª DIVISÃO AFC

URC NA FASE FINAL
A equipa de Cadima guardou para o último jogo a decisão de participar ou não na fase final da prova, a fase de apuramento de campeão. Não bastava ser a última oportunidade pra ser complicado, juntou-se um adversário a que só a vitória permitia estar na segunda fase da prova ainda por cima em casa deste. O campo Fundadores foi ficando colorido com muita gente que aproveitou uma tarde amena para apoiar a sua equipa que tinha aqui também a sua última oportunidade, um factor de motivação extra para os locais mas também e de modo diferente para os forasteiros a quem bastava um empate.Equipas no pelado, muito público o tempo ajudava, estava tudo pronto para um desafio cheio de adrenalina e de grande intensidade. À equipa da URC bastava pontuar mas foi quem entrou ao ataque no jogo e logo no primeiro minuto Romeu viu o seu cabeceamento ser salvo em cima da linha de golo por um defesa local com Beto totalmente batido, dois minutos após Rui André atirava sobre a barra, estava lançado o jogo os forasteiros não iam apenas defender o resultado. A equipa da casa reagiu mas foi novamente o Cadima a criar perigo com André a não ser feliz na opção do último remate e Beto a segurar sem dificuldade. O público da casa puxava então pelos seus atletas que no entanto tinham dificuldade em encontrar o melhor caminho para a baliza do jovem Xico que se ia mostrando atento e seguro nas poucas bolas que lhe chegavam. A equipa da casa não acertava agulhas e via Rui André isolar-se perante Beto, valeu aos locais a indefinição no momento do remate e uma recuperação arrojada de um defensor local que evitou o golo forasteiro. Aos 35 minutos o primeiro acontecimento negativo da partida com Mikel a receber ordem de expulsão numa falta simples a meio campo, se o segundo amarelo foi sem jeito o que dizer do primeiro, o árbitro da partida mostrou critérios bem diferenciados na analise dos lances quer nos aspectos técnicos quer disciplinares, fica o critério prá história é claro. Bola cá bola lá , o jogo estava repartido nem sempre bem jogado é certo mas com os atletas a entregarem-se ao jogo de forma fantástica na defesa dos respectivos emblemas, estava um encontro interessante que conjuntamente com a grande moldura humana em redor do rectângulo de jogo criava um ambiente único e próprio de uma final. O apito para o intervalo estava quase a chegar sem antes um último susto para os locais, Rui André consegue um espaço na direita cruza para Luís Pedro que quando se preparava para rematar vê um defensor local tocar ligeiramente na bola mas o bastante para dificultar acção do dianteiro URC, perigo passou, arbitro apitou e tudo ficou como no inicio, faltavam 45 minutos para a decisão.
A jogar com menos uma unidade a equipa forasteira reorganizou-se valendo muito a grande poli valência de todos os seus atletas que não se negaram a esforços para atingir objectivos, foi determinante o espírito de equipa e a vontade de vencer. Entrou melhor a equipa da casa que como lhe competia tinha de correr atrás do resultado mas não criava verdadeiro perigo para Xico, a jogar agora mais no contra-ataque o Cadima viu Rui André aos 57’ aparecer na “cara” de Beto e com tudo para fazer golo atirou para as mãos deste que entretanto se posicionara muito bem. O tempo passava e aumentava a ansiedade das gentes locais e dos seus atletas que a jogar contra 10 não conseguiam espaços para remate, por sua vez o Cadima defendia bem, com grande atitude e determinação e apostava na velocidade de Rui André, André e David para manter a defensiva local em alerta. Aos 75’ Mário após ganhar duelo no meio campo serviu de bandeja Rui André que desta feita não perdoou e inaugurou o marcador colocando assim a sua equipa mais perto do objectivo. O jogo caminhava para o final e parecia controlado pelos forasteiros, a equipa da casa fez mexidas e pouco depois teve os seus frutos com Fagulha acabado de entrar a fazer um bonito golo, foi a explosão de alegria no Fundadores. O golo trazia novamente a incerteza no desfecho final, podia galvanizar a equipa local e retrair a forasteira mas não foi isso que aconteceu, o Cadima com grande atitude esteve à beira de voltar para a frente do marcador com uma vez mais Rui André atirar forte e a razar a trave de Beto que nada poderia fazer. Até final o futebol foi mais jogado com o coração do que com a cabeça pelos locais e foi mesmo o Cadima que em cima da hora podia ter voltado a marcar quando Mário serviu desta feita JP que apenas com Beto pela frente não teve a frieza necessária para matar o jogo, fruto também da sua inexperiência. Pouco depois o apito final e desta feita a explosão de alegria foi para os atletas de Cadima que de forma espontânea deram largas à sua alegria e no centro do terreno festejaram a passagem à fase final da prova, foi também o libertar da adrenalina de um jogo emocionante em que tiveram de trabalhar bastante para conseguir sair do campo com um grande e bonito sorriso. Antes de recolher ao balneário nova surpresa para o Cadima quando o árbitro da partida mostra o segundo cartão amarelo ao jovem David por este ter limpo a cara com a camisola sem a tirar, realce para o cuidado que teve em verificar primeiro quem já tinha amarelo, vergonhosa atitude! o “miúdo” apenas estava feliz pelo que tinha ajudado alcançar, são estas “asneiras” que geram a desconfiança do sector, é pena quando não se tem o discernimento para se deixar uma equipa festejar dentro de todas as normas. O Cadima segue assim para a fase final onde vai certamente tentar a melhor classificação possível, mais trabalho é necessário concerteza, cabendo também aos atletas, totalmente amadores, definirem os seus objectivos pessoais, para já nota 20 para todos quantos treino após treino e jogo após jogo escreveram a história desta primeira fase.Arbitragem sem critérios.