1ª DIVISÃO DISTRITAL DA AFCOIMBRA

SUADA, SOFRIDA MAS MUITO MERECIDA
Começar por dizer que o dia escolhido para a realização desta jornada pela AFC foi no mínimo sem respeito pelos atletas e demais participantes para não lhe chamar outra coisa. Sendo um futebol amador em que maior parte das equipas são de pequenos meios com fortes tradições religiosas, numa época em que geralmente as empresas fazem os seus jantares de Natal e sendo o dia 25 numa sexta-feira limitando os dias de treino, foi de muito mau gosto e sem o mínimo de respeito por uma parte das instituições a marcação desta jornada. Os clubes que cumpriram a jornada e principalmente os visitados foram de veras prejudicadas com esta jornada pois as bilheteiras sofreram com a época em questão e as suas obrigações perante AFC e GNR são as mesmas, a URC lamenta esta triste decisão da AFC.
Numa tarde fria e chuvosa, num dia que convidava a estar à lareira com a família as duas equipas subiram ao pelado do Fujanco perante uma moldura humana razoável mas longe do normal esta época em Cadima na disposição de conquistar os três pontos. Como vem sendo hábito desde a primeira jornada o Cadima teve de voltar a modificar o seu onze inicial mas a polivalência e disponibilidade dos seus atletas vai compensando alguma falta de rotinas. O jogo começou muito “vivo” e em grande velocidade com ambas equipas a tentar marcar cedo, teve mais sorte a equipa forasteira que logo ao minuto 8 inaugurou o marcador, um livre para o interior da área, numa falha de comunicação, André desvia a bola de Xico e Palmela só teve de confirmar o golo. O Cadima procurou de imediato modificar o resultado mas o jogo até ao intervalo foi de muita “luta” , muita entrega mas sem oportunidades de golo de parte a parte, Seabra e Xico limitaram-se a estar atentos ao desenrolar dos acontecimentos. O intervalo chegou com um resultado que se pode considerar justo pois apesar de muita entrega o Cadima não conseguiu criar verdadeiras situações de golo.
O segundo tempo foi bem diferente do primeiro com a equipa da casa a fazer 50 minutos de grande intensidade com o firme propósito de terminar o ano com uma vitória e dar uma pequena alegria ao seu público que não se cansou de puxar pela equipa. Logo no primeiro minuto do reatamento Jonathan atira a rasar a trave de Seabra , era o primeiro aviso. O jogo teve quase sentido único com o Seixo a responder em contra-ataques ou em bolas paradas mas sem qualquer perigo para Xico que se mostrou sempre seguro nas poucas intervenções que teve de fazer neste período. O Seixo defendia agora com mais homens e dificultava a entrada na área da equipa da casa que ia tentando pela esquerda, pela direita, pelo chão pelo ar chegar perto da baliza forasteira. Aos 60 minutos Barradas atira com muito perigo por cima, volvidos dois minutos foi a vez de Romeu não acertar o alvo. A pressão do Cadima continuava sempre motivados pela sua “claque” e adeptos em geral e não baixaram os braços. A dez minutos do final o Cadima arriscou tudo no ataque colocando mais um homem na frente, agora o Seixo nem saia da sua área mas continuava a resistir com grande determinação e concentração ao ataque caseiro. Aos 43’ minutos e numa tentativa de subir no terreno por parte do Seixo foi fatal, a equipa da casa intersecta a bola e lança Romeu que ultrapassou a defensiva forasteira e igualou a partida perante o desamparado Seabra. A bola foi ao centro, o tempo de compensação foi mostrado, 5’, o Cadima acreditou que podia vencer não refez a equipa pois a vitória é que interessava e no primeiro minuto da compensação foi compensado por um magnifico golo de Jonathan que colocou equipa e adeptos em delírio. Faltavam ainda alguns minutos mas o Seixo já não reagiu, aproveitou o Cadima para continuar a pressionar galvanizados pela cambalhota no marcador e no último minuto Romeu terminou com as dúvidas concluindo de forma exemplar um livre bem executado por Torto foi um final em apoteose e muito merecido para uma equipa que soube arriscar e que lutou muito durante 95 minutos pela vitória. O Cadima termina assim o ano da melhor forma com uma vitória sofrida, muito suada mas muito merecida perante os seus dedicados adeptos e pequena “claque” que não se cansam de incentivar durante todas as partidas. A entreajuda, espírito sacrifício e união dentro e fora do campo foram determinantes para o resultado final.
Arbitragem com pouca qualidade e demasiada dualidade de critérios, valeu ao Cadima marcar golos de belo efeito e sem possibilidade de contrariar. Os amarelos mostrados aos atletas de Cadima comparados com algumas entradas por trás como a que deixou o Cadima reduzido a 10 unidades porque André já não conseguiu continuar em campo e duas grandes penalidades escandalosas que ficaram por assinalar com o resultado ainda desfavorável à equipa da casa dão que pensar, vamos acreditar que foram apenas coincidências.