DISTRITAL DA 1ª DIVISÃO AFC

MAU RESULTADO, MAS JUSTO
A equipa do Cadima perdeu uma grande oportunidade de se chegar à frente da classificação e com este resultado complicou a sua presença na “final five” da prova a única que verdadeiramente interessa pois a fase dos 4 últimos pelas despesas que acarretam e a falta de motivação nem se devia realizar pelo menos nos moldes actuais. A equipa do Cadima teve um percurso exemplar até ao último jogo de 2010 que culminou com uma vitória sobre o vizinho Botafogo, neste novo ano e após uma pausa com demasiadas “férias” a equipa ainda não se encontrou e a pontinha de sorte tão necessária também anda de costas voltadas. Num campo de dimensões reduzidas o Cadima não se conseguiu adaptar e complicou as suas contas perante um último classificado que se apresentou determinado, bem organizado e com vontade de roubar pontos aos gandarezes o que vieram a conseguir com muito mérito.
Os primeiros minutos foram um exemplo do que viria a ser o jogo, a equipa da casa a jogar directo aproveitando as condições do terreno e o Cadima a tentar jogar passe curto e a perder inúmeras bolas o que em nada ajudou na construção de lances de ataque. Num jogo enrolado foram os homens da casa por intermédio de Pinto os primeiros a rematar com perigo a uma das balizas valeu ao Cadima a bola ter saído ao lado, Xico estava batido. O Cadima abanou e carregou um pouco mas continuava a cometer o “erro” de querer jogar a bola em passes curtos e demorar muito tempo a colocar a bola na zona de finalização. Apenas aos 28 minutos e na sequência de um canto o Cadima leva perigo à baliza de Marinho com Rui André atirar à trave, no minuto seguinte Pinto aparece isolado na zona defensiva dos visitantes valendo Xico que com uma saída destemida afastou a bola evitando assim uma jogada de muito perigo. A bola não parava, subia, descia, aos 32 minutos Rui André consegue espaço na direita cruza bem e Luis Pedro atira de cabeça mas por cima, o Cadima acredita a já perto do final vê um bom remate de André passar bem perto da barra da baliza defendida por Marinho mas uma vez mais o objectivo não foi atingido. Fim da primeira parte com um resultado justo com ambas equipas a mostrar algum empenho mas a não conseguirem jogar bem.
No regresso das cabines o Cadima veio com maior determinação e vontade de vencer mas foi o Benfica que mesmo assim fez o primeiro remate na parte complementar. O Cadima agora mais “agressivo” sobre a bola tentava encostar os homens de Soure à sua área mas estes jogando sem pressão iam sacudindo a alguma pressão visitante e em contra-ataque obrigavam mesmo o Cadima atenção redobrada. Aos 57 minutos Pato teve o golo nos pés quando Fabrico depois de se soltar de Marinho fez um passe atrasado mas o remate saiu ligeiramente ao lado, ainda se gritou golo mas foi apenas ilusão. Volvidos 3 minutos a melhor situação de golo foi desperdiçada pelo Cadima de forma bastante precipitada, um livre indirecto no centro da pequena área foi executado da forma menos correcta e proporcionou a Marinho brilhar oferecendo o corpo às “balas” mantendo assim a sua baliza inviolável, são estes pormenores que no final muitas vezes podem fazer a diferença. O Cadima tentava mais com o coração do que com a cabeça chegar ao golo mas a última opção mostrava-se sempre ou quase sempre a menos correcta e com isto o tempo fugia. O Benfica com muita frieza ia segurando o empate mas nunca deixou de tentar o golo e em duas ou três situações criou calafrios na defensiva forasteira que subida no ataque deixava muitos espaços quase aproveitados pela equipa da casa. Canto atrás de canto o Cadima lá ia tentando o golo mas a menor eficácia atacante aliada à boa prestação da defensiva local sobretudo atenção do seu guarda redes não permitiam que o placard sofresse alterações até final. Com o esconder do sol veio o apito final que gelou os corações gandarezes que mesmo sem fazer um grande jogo tentaram a vitória contudo pra vencer é necessário colocar a bola dentro da baliza e isso pela segunda vez consecutiva não aconteceu neste campeonato, apesar das várias oportunidades criadas. O resultado é justo pelo que se passou em campo, apesar do Cadima ter sido um pouco mais ofensivo a equipa da casa jogou descontraída e bateu-se muito bem pelo que o ponto conquistado foi por mérito, o Cadima esteve uns furos abaixo do que tinha habituado os seus adeptos e em duas jornadas passou de segundo para quinto classificado colocando em perigo a sua participação na próxima fase apesar de ainda depender de si próprio para alcançar esse desidrato, os próximos dois jogos o dirão. Arbitragem com futuro.