DISTRITAL MASCULINO 1ª DIVISÃO

"UNIÃO" R. CADIMA

A deslocação ao Seixo de Mira tornou-se “épica” para o Cadima, não bastava a onda de lesões e indisponibilidade de alguns atletas mais experientes apareceram também as expulsões caricatas também com culpa dos atletas da URC. Jogar com 11 no Seixo de Mira já de si é bastante difícil devido à qualidade da equipa local e à forma como esta encara cada partida principalmente no seu reduto, então jogar com 10 e depois com 9 é quase uma aventura. A equipa do Cadima talvez fruto das várias alterações que fez para esta partida entrou bastante mal na partida, muito lenta e sem ideias tendo muita dificuldade em encaixar na equipa da casa que entrou muito bem e com grande dinâmica. Logo ao minuto dois o Seixo podia marcar quando um seu atleta aproveitou bem a pouca rotina no lugar de André e atirou às malhas laterais. O Cadima com o passar do tempo foi rectificando a sua forma de estar na partida e à passagem dos 10 minutos já equilibrava a mesma. Aos 13 minutos Xico segurou bem um cruzamento para a sua área e de imediato com um pontapé largo e bem direccionado coloca a bola nos pés de Rui André que à entrada da área visitada “dispara” forte para um grande golo, estava aberto o marcador no Campo do Fojo. O golo trás sempre um pouco de motivação extra e na jogada imediata, André percorreu todo o lado direito , cruzou para a área onde apareceu Pedro a finalizar mas com pouca direcção. A equipa da casa como era de esperar volta à partida mas não consegue encontrar o caminho da baliza de Xico que se limitava a estar atento, o Seixo tentava aproveitar as bolas paradas para incomodar a defensiva forasteira mas não foi eficaz nem criou verdadeiro perigo. A primeira meia hora era assim de equilibrou com o Cadima a controlar muito bem a reacção da equipa da casa ai entrou um factor estranho ao jogo, Milton é agredido por um elemento do público quando se preparava para efectuar um lançamento, inacreditável. Esta situação aumentou a tensão no atleta que já vinha demonstrando algumas dificuldades em se adaptar à posição e à pressão do público junto a si, a pouca experiência do atleta ( 2º ano de federado) foi fundamental para pouco depois responder negativamente, de forma grosseira e sem necessidade a uma entrada violenta de um atleta da casa, como é natural nestas situações o atleta da casa que deveria ser expulso viu o atleta do Cadima tomar o seu lugar porque reagiu à entrada maldosa, o Cadima ficou assim reduzido a 10 unidades bastante cedo quando ambas equipas o deviam ficar. O jogo voltou ao normal com a equipa da casa a tentar repor a igualdade e com a equipa forasteira a defender bem e a sair para o ataque com rapidez não permitindo à equipa do Seixo adormecer na sua defensiva. Na última jogada do primeiro tempo o Cadima podia ter ampliado o marcador com Rui André a não ser feliz no remate quando tinha apenas Barreira pela frente, pouco depois o apito para descanso.
O segundo tempo foi de grande intensidade e de ritmo elevado, a equipa da casa entrou forte na partida e tentou desde o primeiro lance alvejar a baliza de Xico, o Cadima remetia-se agora mais à sua defensiva que se mostrava segura sempre auxiliada pelo resto da equipa que se mostrou bastante solidária durante toda a partida. Aos atletas do Cadima foi ainda solicitado uma grande rotatividade de lugares afim de manter fresco os sectores mais delicados solicitação cumprida na perfeição pelos atletas visitantes. O jogo estava emotivo quando Artur numa atitude pouco aconselhável empurrou Tiago de forma grosseira e recebeu ordem de expulsão prejudicando assim a sua equipa. O Seixo continuava a carregar e foram ganhando enumeras faltas junto à área do Cadima faltas que sendo iguais ou de maior gravidade não eram assinaladas junto à área visitada. Á passagem do minuto 66 aconteceu um dos momentos mais bonitos da partida, Xico saiu a um dos muitos cruzamentos para o interior da sua área a afastou a bola que de imediato foi recuperada por um adversário que rematou forte e colocado, quando todos gritavam golo apareceu a mão de Xico que com uma defesa extraordinária adiou o golo do empate. No minuto 75 e com o cansaço já a comandar a cabeça a defensiva do Cadima deixou penetrar na sua área o avançado local que com muita classe diga-se, conseguiu enviar Castilho para o banho mais cedo e arrancar uma grande penalidade, aqui mérito total para o atleta da casa. Chamado a marcar Pestana colocou a bola no fundo da baliza do Cadima quando ainda faltava muito para jogar e via os forasteiros uma vez mais em inferioridade numérica. A equipa forasteira foi obrigada a novos ajustes, nova forma de jogar mas nunca prescindiu dos dois avançados que eram agora Daniel e André Cantarinho que nos últimos 10 minutos de jogo deram bastante trabalho à defensiva local que só ficou com todos os seus elementos até final porque a equipa de arbitragem assim o entendeu, só visto. Aos 82 minutos o lance mais perigoso nesta fase final do jogo com André a cruzar perfeito para as costas da defesa e Pedro na “cara” do guarda-redes não consegue finalizar, na sequência da jogada Rui André atira forte mas ao lado. O jogo terminou pouco depois com um empate que se pode aceitar pelo empenho das duas equipas, num jogo em que o Cadima foi prejudicado principalmente na disciplina do cartão com critérios bem diferentes para as duas equipas. Se referimos a atitude pouco correcta de um espectador quando este agrediu Milton, não podemos deixar de dizer e realçar que ambas equipas mas sobretudo a equipa do Cadima e o seu jovem guarda-redes Xico foram aplaudidas junto ao túnel pelos adeptos da casa, acto digno de registrar e louvar, certamente sinal da entrega e dedicação deixadas em campo pelos dois conjuntos. Arbitragem nervosa.