segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

4ª ELIMINATÓRIA DA TAÇA PORTUGAL



BRASIL COM PÉ QUENTE





Vilaverdense FC 2 vs 0 UR Cadima   


Campo: Estádio Múnicipal de Vila Verde
Espectadores: 80
Resultado ao intervalo: 0 - 0
Arbitro: Célia Santos (AF Vila Real)


Vilaverdense FC: Daniela, Guida, Regina, Filipa, Solange, Mariana, Marta (Brasil 45’), Leandra (Ronaldinho 55’), Mariana, Vanessa Malho e Gomes ( Mónica 60’).

Outras convocadas: Duda, Nina, Faria e Catarina

Treinador: Eusébio


UR Cadima: Mónica , Bárbara , Joana Teixeira ( Sofia 32’), Raquel ( Joana Marques 82’), Sónia, Leonor, Raquel Miranda, Ana Martinho , Ana Lopes, Dina (Maria 72’) e Maria Amaro

Outras convocadas: Jéssica, Sara e Daniela
Treinador: Orlando Jorge



Golos:  Brasil (57’+81’)


Disciplina: nada assinalar





Cadima deslocou-se ao Minho para defrontar o actual 5º classificado da primeira divisão, o Vilaverdense  FC em jogo da 4ª eliminatória da Taça de Portugal. O primeiro obstáculo do Cadima foi a distância, 185 Km efectuados com poucas condições deixam as suas marcas, naturalmente não podem servir para ocultar a superioridade da equipa da casa, mas condiciona o desempenho das atletas, segundo o valor da equipa adversária e o terceiro uma bola que nem no tempo do Rei Eusébio pesava tanto, uma vergonha a bola utilizada no jogo, bola escolhida pela FPF para oficial na primeira divisão. Não prejudicou só o Cadima, o próprio VIlaverdense e todas as equipas obrigadas a jogar com a mesma são penalizadas, a FPF que faz tanta questão em colocar as regras em igualdade com o futebol masculino, permite ou “aproveita” bolas de categoria duvidosa para um campeonato feminino, bolas que pelo seu peso colocam em risco a integridade física das atletas, se querem tanto defender a igualdade de géneros comecem por dar as mesmas condições em coisas simples, bolas. 


Sabendo da diferença de andamento entre as duas equipas o Cadima entrou cauteloso e mais defensivo ainda que o tenha feito bem subido no terreno, por sua vez o Vilaverdense fazia uma circulação de bola no seu meio terreno lançando sucessivas bolas nas costas das laterais visitantes que se mostraram quase sempre atentas e sem dar espaços, quando estas eram ultrapassadas as dobras surgiam e as oportunidades de golo foram nulas. Sem conseguir entrar na área Cadimense, as bolas paradas eram alternativa mas ai também a equipa da casa não criou perigo no primeiro tempo muito por culpa da boa postura adversária que sabendo da maior capacidade adversária se bateu com grande firmeza. Ao minuto 32 o Cadima perdeu a sua jovem Joanita que sozinha e numa rotação fez uma entorse grave, sendo de imediato conduzida ao hospital de Braga, um revés na estrutura forasteira que tinha na jovem avançada uma possível fonte de desequilíbrio atendendo às suas características. O nulo ao intervalo era prémio para o desempenho das atletas visitantes que desempenharam bem a primeira parte do plano apesar do maior domínio da equipa local como era de esperar. No regresso dos balneários o Vilaverdense trouxe Brasil, uma atleta que viria a fazer toda a diferença na segunda metade do jogo. Atleta possante, fresca e de grande qualidade individual veio trazer maiores dores de cabeça à defensiva forasteira que teve dificuldade em encontrar o ritmo da dianteira local que entrou decidida a fazer a diferença, logo ao minuto 57 inaugurou o marcador. A equipa de Cadima na sua primeira desatenção da tarde e foi logo penalizada com um golo, Brasil à pouco tempo em campo não perdoou e colocava a equipa da casa em vantagem o que obrigava agora as visitantes a procurar inverter o sentido do jogo. De imediato o Cadima altera toda a sua organização e passa a jogar com mais gente na frente contudo o maior domínio continua a ser caseiro. O jogo torna-se mais vivo e o Cadima dentro das suas possibilidades tenta aproximar-se da baliza de Daniela, os remates vão surgindo aqui e ali mas muito envergonhados sem incomodar a guardiã local, do lado visitado o maior domínio não é traduzido também em perigo para Mónica. Ao minuto 81 a equipa do Vilaverdense marca o segundo, não por demérito visitante mas por mérito das locais que num ataque rápido Vanessa cruza tenso e Brasil aparece ao segundo poste “fuzilando” Mónica que nada poderia fazer, um bonito golo no Municipal de Vila Verde. No pouco tempo restante o Cadima não desistiu, não entregou o jogo e teve duas situações flagrantes para reduzir a diferença, em cima da hora um bonito ataque forasteiro, Ana Lopes coloca em Sofia que em boa posição permite grande intervenção de Daniela para canto. Na sequência do mesmo, Leonor na pequena área atira para golo e vê o mesmo ser negado por uma defesa local em cima do risco final, dois lances que ajudam a definir o jogo, em situações semelhantes a equipa local fez golo.

  

Apito final e vitória da equipa mais forte e com maior domínio do jogo, o Cadima defendeu quando o tinha de fazer e tentou a sua sorte quando lhe foi possível, numa tarde desportiva de bom espectáculo o Vilaverdense segue em frente na prova com todo mérito enquanto a equipa visitada colocou em campo todo o seu empenho e esforço valorizando a vitória caseira. Num jogo bem disputado lamenta-se a lesão da jovem atleta do Cadima , lesão que se espera de rápida recuperação. Arbitragem não teve influência no desfecho final, mas em caso de dúvida o beneficio da mesma foi sempre para as locais e deve rever os 12 metros de barreira . . .  







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