EFICÁCIA DE TITA EM TRIUNFO JUSTO DA EQUIPA FORASTEIRA
Três golos de Tita, em lances de bola parada, foram matéria essencial e decisiva para dar corpo ao triunfo do conjunto que revelou a manobra colectiva mais sincronizada e evoluída.
EFFS 1 VS 3 AT. OURIENSE
Jogo realizado no relvado do Vale da Rosa, anteontem, às 15.00 horas, perante cerca de duas centenas de espectadores.
ÁRBITRO: Dalila Ribeiro, da CA da AF de Setúbal, auxiliada por Artur Sabino e Tatiana Martins.
EFFS: Paula; Filipa (cap.), Nídia, Oriana e Priscila; Anita (Jóia, 49m); Nadine e Viegas (Inês, 59m); Ana Rosa, Mafalda e Borges.
Suplentes não utilizadas: Vera, Martinha, Pisco, Teixeira e Tânia.
Treinador: Paulo Filipe
Disciplina: Amarelo a Filipa, Jóia e Viegas.
ATLÉTICO OURIENSE: Daniela; Bárbara (Flávia, 49m), Ana Valinho (cap.), Naná (Inês, 67m) e Joana Marchão; Pastilha, Margarida e Anita: Diana, Tita (Maria Inês, 89m) e Mariana.
Suplentes não utilizadas: Catarina.
Treinador: Gonçalo Silva
Disciplina: Cartão amarelo a Daniela, Bárbara e Anita.
Ao intervalo: 0-1
MARCADORAS: Inês, 72m, para as sadinas; Tita (29m de grande penlaidade, 55 e 81m), pelo Atlético Ouriense.
Quem teve Tita, exímia de bola parada e não só como se viu pela sua capacidade de leitura de jogo e de adequada execução, aproveitou para seu belo contento e triunfo final um trunfo decisivo para a conquista dos três pontos em jogo.
Foi, nos jogos que já vimos esta temporada, o pior jogo do conjunto de Paulo Filipe. Bem manietado pelo opositor na linha da construção da iniciativa nunca conseguiu encontrar soluços para contrariar e espartilhar essa teia contrária, sobrando sempre muito mais coração do que forma de organização e, sobretudo, de rapidez e desenvoltura na transição necessária para aquele efeito. Desta incapacidade e também de uma postura demasiado conservadora e recuada das suas linhas no terreno resultou essas notórias dificuldades que, e para seu maior prejuízo, mais se sentiu com a facilidade com que o seu adversário logo que com a bola na sua posse se desdobrava, com Tita ao leme e a aproveitar a velocidade e boa capacidade técnica da negrita Diana, que muitos problemas causou à defesa sadina. Reflexo disso o golo de “penalty” convertido por Tita, embora a juíza da partida não tivesse sido lesta na decisão após um lance rápido mas com “agarrão” da defesa sancionado e indicado pelo seu fiscal de linha do lado da bancada.
BREVE MELHORIA: Segundo tempo um pouco melhor por parte das locais. Como se lhe impunha subiram mais as suas linhas, deram mais velocidade ao seu jogo e com esta nova postura apareceram finalmente a apoquentar um pouco a até então tranquila Daniela. Contudo, sempre mais perigosa e sem descuidar o contra-golpe as visitantes que aos 55m, após um livre do lado direito do seu ataque, viram Tita, com muito sentido de oportunidade a marcar e a por fim à confusão instalada. Vantagem que parecia decisiva só que, e fruto da nunca entrega das sadinas que tiveram nesta postura a sua maior qualidade neste jogo, aos 71 minutos, na sua melhor e única jogada de jeito em termos ofensivos, Inês isolou-se e perante Daniela não vacilou e deu vida de novo ao jogo e à incerteza do resultado. Melhor período da Escola, mais igual ao que lhe temos visto, a meter ainda mais velocidade no jogo, mas sempre mais com o coração do que razão, como soubera impor e fabricar no lance do golo. Esforço que se esfumou de vez quando aos 82 minutos, outra vez Tita e com execução técnica exemplar converteu um livre, ela que já tinha ameaçado e mostrado saber em outros dois livres anteriores que falharam então e por muito pouco o alvo.
Triunfo justo, para um Ouriense mais adulto na movimentação e com duas unidades a fazer a diferença, neste jogo fundamental: Tita, a melhor em campo, pelo que marcou e jogou, e Diana, sempre muito rápida e difícil de parar.
Na Escola de Setúbal erros evidentes, para uma equipa demasiado presa e recuada no tempo e no modo do seu jogo. Quando se soltou cresceu, mas ainda assim sempre mais fruto de coração e empenho, que se regista, e mesmo muito pouco de capacidade organizativa e sobretudo de clarividência e acerto na construção e depois na transição. Jóia e Inês entraram bem no jogo, onde desta feita Mafalda e até a central Nidia, por norma muito segura, não estiveram nos seus dias. Acontece, há que trabalhar mais para corrigir e melhorar o rendimento colectivo, que foi neste confronto fraco e longe do que podem e já lhes vimos fazer.
Trabalho de Dalila Ribeiro e suas pares com alguns erros e para maior prejuízo do conjunto sadino, mas ainda assim sem influência directa no desfecho do encontro.
Francisco Casas Novas
In http://www.osetubalense.pt/
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